VIVAToninha

A Toninha

Nome científico: Pontoporia blainvillei (Gervais & d’Orbigny, 1844).

Ordem: Cetartiodactyla.

Família: Pontoporiidae.

A toninha existe no Planeta Terra há mais de 1 milhão de anos. É o menor golfinho do Brasil, medindo no máximo 1,7 metro e pesando até 55kg. Sua área de ocorrência é muito restrita, estendendo-se do Estado do Espírito Santo, Brasil, até Chubut, na Argentina e não existe em mais nenhum outro local do mundo. As toninhas possuem comportamento discreto e é muito raro observá-las, pois não se aproximam de embarcações. Supõem-se que sejam monogâmicas, sua gestação dura cerca de 11 meses, o filhote nasce com cerca de 80 cm, pesando até 7 quilos, e mama por aproximadamente 9 meses.  Acredita-se que podem viver até 21 anos de idade. Estão criticamente ameaçadas de extinção de acordo com o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Portaria MMA nº 444/2014), é o cetáceo mais ameaçado do Atlântico Sul. Sua principal ameaça é a pesca de emalhe, tanto artesanal como industrial. Apesar de algumas recentes regulamentações pesqueiras proibirem redes de emalhe e espera no sudeste e sul do Brasil, o esforço da pesca de emalhe é ainda muito excessivo dentro da área de distribuição da espécie e centenas de Toninhas morrem capturadas acidentalmente em petrechos pesqueiros anualmente. Também, por ser uma espécie costeira, sofre com a diminuição da qualidade de habitat, principalmente por poluição. Estudos do projeto Conservação da Toninha/ FUNBIO, apontam que hoje restam menos de 20 mil indivíduos. Pesquisas indicam que a espécie pode atingir o “quase colapso” populacional em breve. A conservação da toninha é um desafio comum aos três países onde ocorrem: Brasil, Argentina e Uruguai.

Foto: Federico Sucunza, GEMARS-Funbio.

                           

EDITAL – Bolsa VIVAToninha: Edital encerrado!

Requisitos:

– Alunas(os), professoras(es) e/ou pesquisadoras(es) vinculadas(os)  à alguma instituição (Universidade, ONG, Instituto e outras);

– Desenvolve ou irá desenvolver trabalhos com a Toninha – Pontoporia blainvillei;

– Pesquisas não invasivas;

Inscrições:

– Inscrição através do link: viva.bio.br/contato ;

– Preencher o “Formulário de Inscrição”;

– No campo “Assunto”, colocar: BOLSA VIVA TONINHA;

– No campo “Mensagem”: Escrever uma breve apresentação sobre você, descrevendo o local em que realiza a sua pesquisa (ou irá realizar), título do seu projeto, quem são as(os) demais pesquisadoras (os) que trabalham com você, escrever por quê você acha que deve ser contemplada(o) com a Bolsa VIVA Toninha 2021 e por último, citar o(s) motivo(s) em ter escolhido a Toninha como alvo da sua pesquisa/trabalho.

Prazos:

Inscrições até 15 de janeiro de 2021!

Documentos necessários:

– Título e resumo do projeto;

– Comprovante do vínculo institucional;

– Mini CV ou link do currículo da Plataforma Lattes.

Seleção:

– A(o) selecionada(o) deverá atender todos os requisitos para a vaga;

– As(os) pré-selecionadas(os), participarão da uma segunda etapa, através de uma entrevista via ZOOM para que a(o) finalista seja escolhida(o).

Benefícios:

Bolsa mensal no valor R$ 500,00 por mês, depositados em conta corrente da(o) contemplada(o) até dia 10 de cada mês.

Duração da bolsa: 12 meses.

Contrapartida:

– Desenvolvimento do trabalho, conforme projeto apresentado;

– Enviar atualização mensal, incluindo as conquistas e os desafios relacionados ao seu projeto;

– Elaboração de um pequeno filme (1 minuto), contando sobre o seu projeto de pesquisa e falar sobre ser contemplada(o) na Bolsa VIVA Toninha, para ser divulgado em nosso site e mídias sociais (encaminhar o vídeo em Janeiro de 2021);

– Elaboração de um pequeno filme (1 minuto), contando o resultado ou o quanto seu projeto de pesquisa evoluiu e descrever o quanto o auxílio mensal da Bolsa VIVA Toninha contribuiu nesse ano de pesquisa e convidar as próximas(os) candidatas(os) 2022 (Encaminhar o vídeo em dezembro 2021);

– A possibilidade de elaborar mais vídeos para a divulgação da Bolsa VIVA Toninha, ao longo do ano, ficará a critério da(o) selecionada(o). Poderá ficar livre para apresentar /disponibilizar quantos vídeos, fotografias , textos e dados desejar, relacionados as atividades realizadas ao longo do ano, referente ao projeto apresentado;

– Utilização do nome da Bolsa VIVA Toninha/logotipos da Campanha VIVAToninha & VIVA Instituto Verde Azul , nas apresentações (parciais ou final) do projeto, congressos,  banners e afins.

– Encaminhar o trabalho final para o VIVA Instituto Verde Azul, mesmo que termine após o período vigente da Bolsa VIVA Toninha;

Dia Nacional da Toninha

Devido a sua grande importância e preocupação em relação ao seu status de conservação, o Dia Nacional da Toninha foi oficializado pelo governo federal junto as entidades de pesquisa. O dia 01 de outubro foi escolhido, pois essa data marca o início do principal período de nascimento da espécie. Em 2020, foi criado um selo oficial, marcando a união dos pesquisadores e instituições em prol da Toninha. A imagem escolhida retrata bem as características biológicas e sociais da espécie.

Documentário “Toninha, o golfinho desconhecido do Brasil.”

Um grupo de pesquisadores, biólogos e conservacionistas se juntaram para organizar um documentário, que está sendo produzido pelo documentarista de vida selvagem Luís Palácios, retratando a vida, comportamento, ameaças às toninhas e também como os pesquisadores, que há anos trabalham com essa espécie, realizam suas pesquisas e batalham contra sua iminente extinção.

Dia Nacional da Toninha 2020

Para celebrar a data em 2020, várias instituições, pesquisadores e conservacionistas se uniram, com o objetivo de fazer as pessoas conhecerem essa espécie tão ameaçada e que precisa tanto da conscientização dos seres humanos. A princípio o evento seria realizado na Praia das Toninhas em Ubatuba -SP, entretanto, devido a pandemia de COVID-19, o evento foi virtual.

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Foram 19 palestrantes envolvendo 22 Instituições falando sobre diversos aspectos da biologia, ameaças e conservação das Toninhas.

Pesquisadores e conservacionistas participantes do webinar “Conhecendo o golfinho mais ameaçado do Brasil.”

MSc. Adriana Miranda / ICMBio – Centro Mamíferos Aquáticos

BSc. Arlaine Francisco / Projeto Baleia à Vista

Dr. Camila Domit / UFPR- CEM – LEC

Dr. Camilah Zappes / GPEC – UFF

Dra. Carolina Bertozzi / Instituto Biopesca – UNESP

BSc. Carla Beatriz Barbosa / Instituto Argonauta

Dr. Daniel Danilewicz / GEMARS –UESC

Dr. Eduardo Secchi / FURG – Ecomega

Dra. Fabia Luna / ICMBio – Centro Mamíferos Aquáticos

Dr. Federico Sucunza / GEMARS – Instituto Aqualie

Dra. Haydee Cunha / MAQUA – UERJ

Luís Palácios / Luís Palácios Fotografia e Audiovisual

Júlio Cardoso / Projeto Baleia à Vista

Dra. Maria Emilia Morete / VIVA Instituto Verde Azul

BSc. Marina Leite Marques / VIVA Instituto Verde Azul

Dra. Marta Cremer /Projeto Toninhas – UNIVILLE

Dr. Milton Marcondes / Projeto Baleia Jubarte

Dr. Paulo H. Ott / GEMARS – UERGS

MSc. Rafaela Cristina Faria de Souza / VIVA Instituto Verde Azul

Dr. Renan Paitach / Projeto Toninhas – UNIVILLE

Instituições envolvidas

ECOMEGA – Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha

FURG – Universidade Federal do Rio Grande

GEMARS – Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul

Grupo de Pesquisa e Ecologia Humana

Instituto Argonauta

Instituto Aqualie

Instituto Biopesca

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – Centro Mamíferos Aquáticos

LEC – Laboratório de Ecologia e Conservação

MAQUA – Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores

Mar Brasil

Projeto Baleia à Vista

Projeto Baleia Jubarte

Projeto Toninhas

UERGS – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro

UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz

UFFCampos – Universidade Federal Fluminense

UNESP – Universidade Estadual Paulista

UNIVILLE – Universidade de Joinville

UFPR Universidade Federal do Paraná

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